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COMUNICADO OFICIAL


A Federação de Surf do Estado de São Paulo esclarece alguns pontos levantados pela CBSurf em sua Nota Oficial por não ter sido contemplada no Calendário divulgado para 2023, com eventos no Estado de São Paulo, de onde saíram três campeões mundiais e coleciona 15 títulos de campeão brasileiro por equipes.


Não é do nosso agrado ou feitio divulgar comunicados públicos sobre questões que deveriam se manter no âmbito de discussões normais entre as partes envolvidas em um processo de realização de um evento. Todavia, após a divulgação da Nota Oficial da CBSurf, faz-se urgente e necessário que as pessoas conheçam os fatos como um todo e não apenas uma versão unilateral. Nossa preocupação ao fazer esse comunicado se dirige principalmente aos atletas do Estado de São Paulo e aos dirigentes de cada uma das Associações Municipais de Surf do Estado de São Paulo que são nosso maior foco e razão de ser da entidade.


A nova Diretoria da CBSurf assumiu uma gestão com o declarado compromisso de FORTALECER as Federações e de fazer uma gestão profissional e competente no sentido de como entidade de âmbito NACIONAL que é, levantar recursos junto a órgãos do Governo Federal e COB para viabilizar o desenvolvimento do surf em todo Brasil. Hoje, o surf conta com status olímpico e essa tarefa ficou bem mais factível do que era anos atrás.

Portanto, é razoável se esperar que quando a CBSurf realiza um evento em algum Estado em parceria com a Federação Estadual (lembrando que a CBSurf não tem arena, quem tem são as Federações) ela já traga os recursos senão totais, mas em um montante que viabilize a competição. Cobrar uma taxa de homologação justa, ou um percentual de inscrições justo é natural, mas solicitações completamente fora da realidade não são aceitáveis.


Vamos aos fatos:


No final de 2022, quando a Equipe Paulista de Surf se sagrou Campeã Brasileira, o próprio Presidente da CBSurf, em discurso emocionado anunciou que São Paulo receberia uma Etapa do Circuito de Base. Essa intenção (que podemos até interpretar como uma palavra dada) foi reafirmada em Assembleia com a presença de várias Federações Estaduais.


Porém no primeiro contato preliminar para se efetivar o evento, para nossa surpresa nos foi dito que uma “parceria” seria necessária para a viabilização da etapa. Essa “parceria” seria o agendamento de um encontro da CBSurf e SPSurf com autoridades LOCAIS visando a obtenção de recursos LOCAIS de contrapartida como condição para se fazer o evento. Estamos falando de um EVENTO DE BASE, não de um megaevento profissional.


Essa contrapartida seria de, pasmem ... CEM MIL REAIS!


E ainda a exigência de 46% das inscrições, uma vez que 8% das inscrições é retido pela firma que faz o gerenciamento das mesmas.


Para se ter uma ideia:


São Paulo há décadas faz o mais tradicional e maior Circuito de Base do Brasil, o Hang Loose Surf Attack. Uma etapa INTEIRA desse circuito com TODOS seus custos gira próxima desse valor, que oferece uma premiação aos atletas muito superior à de uma etapa do CBSurf de Base.


Que espécie de “parceria“ é essa onde uma entidade em nível Federal, com recursos federais da ordem de milhões, com acesso a Patrocinadores de porte e ao Comitê Olímpico Brasileiro exige de sua Federação uma contrapartida dessa magnitude para realizar um evento? E frisamos...um evento de base.


Qual o sentido de se exigir a captação de um recurso LOCAL nesse valor para realizar um evento que por definição é um evento NACIONAL, sob a tutela de uma entidade que já conta com verbas FEDERAIS milionárias?


Uma contrapartida, repetimos, é natural e justa mas deve ser algo coerente com o custo total do evento.


Ao nosso entender caberia a uma Federação viabilizar um evento da CBSurf, garantindo facilidades junto a Prefeituras com liberações de área, policiamento, ambulância, parcerias com a rede hoteleira local para hospedagens, alimentação, fornecimento de energia e internet e até eventualmente uma taxa de homologação justa e um percentual justo de inscrições.


Em um estado que tem quase 20 eventos programados para o corrente ano, eventos estes indispensáveis para a manutenção do surf paulista nos atuais patamares, a obtenção de recurso público é sabidamente complexa, de vital importância e precisa ser criteriosamente analisada em sua aplicação.


Exigir a captação de um valor nesse montante junto ao Governo Local para fazer um evento da CBSurf que já tem recursos federais para cumprir sua obrigação estatutária que é desenvolver e fomentar o surf em todos os Estados do Brasil significaria dificultar, senão inviabilizar a obtenção de futuros recursos para projetos locais de grande importância para nossos surfistas e associações.


Aproveitamos para destacar que a SPSurf, fundada em 2020, até o final do ano passado, não poderia captar recursos estaduais ou federais pois juridicamente a entidade só tem direito a pleitear esses recursos a partir do 3º ano de sua criação. Portanto, desde o início desse ano (2023), já podemos apresentar projetos a fim de conseguir investimentos para contemplar todas as categorias como o Paulista de Base, Paulista Profissional, Longboard, Master, Feminino, Adaptado, SurfDog, além de equipe de competição, e outras conquistas para melhor atender nossos atletas.


A SPSurf faz questão de deixar claro que não tem nem deseja nenhum conflito com a CBSurf, pelo contrário, respeitamos a entidade, seus dirigentes e estamos de portas abertas, prontos para dar as boas vindas a qualquer evento da CBSurf em praias paulistas, mas desde que as exigências para isso sejam justas, razoáveis e principalmente dentro da principal missão e finalidade da CBSurf que é fomentar o esporte e fortalecer suas Federações.


Fortalecer uma Federação significa trazer facilidades, não criar dificuldades.


São Paulo recebendo o 15º troféu de campeão brasileiro de categorias de base por equipe.


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